terça-feira, março 30, 2010

Voz Perdida na Revista Sábado


O livro Voz Perdida, de Isa Mestre, foi noticiado na Revista Sábado com uma pré-publicação do primeiro capítulo.

Veja em : http://www.sabado.pt/Multimedia/FOTOS/-span--b-Artes-b---span-/Pre-publicacao--Voz-Perdida.aspx

quinta-feira, março 25, 2010

Apresentação de Voz Perdida, de Isa Mestre


A apresentação oficial de Voz Perdida, de Isa Mestre, será no próximo dia 10 de Abril, pelas 16 horas, na Biblioteca Municipal de Faro. A tarde contará com a apresentação da obra e a leitura de alguns excertos. Será uma tarde de palavras, muitas palavras. Fica o convite a todos para que apareçam e façam parte deste momento.

segunda-feira, março 22, 2010

Sem medo

A poesia são os teus olhos quando me olhas e não sei como escrever-te.
A poesia está longe de ser tudo aquilo que um dia quiseste que fosse. A poesia não sou eu nem as minhas palavras. A poesia é simplesmente a poesia.
Cada momento. Sim, talvez a poesia seja cada momento.
Como este em que os meus dedos voltam a tocar novamente o papel. Três meses depois. Não há rasto de saudade. Apenas uma dor. Uma ligeira frustração. O medo. Sim, também o medo.
Desculpa se já não sei como agradar-te. Desculpa se a brevidade do papel me retirou sinceridade nos gestos.
Queria abraçar-te. Não sei como fazê-lo. Agarrar-te? Dizer-te que te adoro? Poderia fazê-lo ignorando que vivemos todos na poeira do ridículo, na distância ínfima que vai do meu coração ao teu.
Queria pedir-te que viesses. Que viesses sem porquês, sem respostas pensadas, sem sorrisos ensaiados. Apenas tu.
Nua. Despida de palavras sem sentido. Como as árvores no Outono.
Como gosto de ver-te.
Pediste-me que esquecesse as palavras cruéis, que agora , que estou a morrer, me lembrasse apenas das coisas boas.
Pudesse eu dizer-te como nos tornamos tristes na hora da partida, como perdemos capacidade de recordar, como nos tornamos máquinas autodiegéticas com um só rumo, uma só canção.
Cantas para mim? Cantas quando as luzes se apagarem e o medo me habitar o peito?
Cantas quando as enfermeiras cansadas do meu corpo chamarem a morte para me vir buscar?
Cantas. Eu sei que cantas. Cantas baixinho no meu ouvido. E nesses momentos, a tua voz é a minha poesia. Todos os versos que nunca escrevi. Todos os momentos que nunca vivi. Todas as tristezas que sendo minhas nunca deixaram de te pertencer.
Todos os medos e todas as mágoas.
Mas eu vou, se cantares para mim eu vou sozinho. E sabes que mais? Até vou sem medo.

Entrevista à Antena 1

quinta-feira, março 04, 2010

Entrevista à Antena 1 , dia 15 de Março


Estarei no próximo dia 15 de Março, na Antena 1, no programa "Portugal em Directo" para falar do meu livro Voz Perdida.