quinta-feira, novembro 18, 2004

Companheiros de Histórias

Companheiros de Histórias

Companheiros de histórias, amigos do pensamento, é para vocês que escrevo hoje, aliás, não só hoje mas todos os dias.
Porque sempre que há algo novo para contar, sempre que a minha caneta não resiste à tentação de tocar o papel penso nos velhos contadores de histórias que já conheci.
Penso, que agora sou eu que deposito no papel tudo aquilo que me vai na alma, que coloco nessa “mancha branca” a maior parte de mim e aquilo que mais amo fazer.
Mas, sem vocês, os companheiros das histórias, dos casos reais, dos pensamentos profundos e também dos superficiais, nada disto faria sentido. Nunca faz sentido abrir o nosso coração para quem não o quer conhecer e amar...
Por isso, que sempre que a caneta desliza sobre o papel, penso nos senhores de óculos, nos jovens, nos adultos e nos velhinhos. São eles os companheiros de histórias, aqueles que semana após semana, mês após mês, estão sempre dispostos a escutar a nossa “voz”, os que não se cansam de pensar, os que procuram constantemente superar os seus limites. São esses que admiro. Esses que tudo fazem para tornar o mundo num lugar mais interessante, os que lêem, os que escrevem, os que pintam, os que contam histórias, os que conseguem ser sábios através do conhecimento.
Porque só vocês, amigos, sabem compreender e ouvir o nosso “grito”, estando sempre dispostos a viver connosco as alegrias e as tristezas. Através das palavras vivemos tudo isto, através delas sentimos, acima de tudo através da sua magia sentimo-nos alguém. Mesmo que não conheçamos os rostos uns dos outros, conhecemos o diálogo, os pensamentos e a alma, que afinal valem bem mais que a nossa “embalagem”.
E, cada vez que sinto aqui dentro esta vontade de comunicar, o coração fala baixinho as palavras que a caneta escreve com todo o carinho. È como se vocês, companheiros de histórias, estivessem em todo o lado, dispostos a ouvir-me onde quer que esteja. Transporto-vos no peito juntamente com as frases, com as palavras, com a profundeza do nosso ser que tantas vezes avaliamos juntos.
Por isso, e tal como dizia um grande escritor, todos somos meramente contadores de histórias, e também companheiros de histórias.
Obrigada por tudo. Sem vocês a minha mão não tem vontade de escrevinhar, sem vocês a minha alma fica demasiado vazia para sonhar.
Também estou aqui para ouvir as vossas histórias, para sentir da mesma forma que sentem, para partilhar aquilo que queremos mudar no mundo.
È por tudo isto amigos, que quero deixar-vos estas palavras de apreço e amizade, porque sem os “meus” companheiros de histórias, não existiria este sentimento tão forte e presente aqui no meu peito.
Porque afinal, aqui deste lado, está apenas uma contadora de histórias...

Isa Mestre

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