domingo, abril 16, 2006

Diz-me tu

Errei. Fi-lo inocentemente, levando o teu coração na minha mão sem saber ao certo que rumo seguir. Agora, queria pedir-te desculpa, mas as palavras são poucas e sobram-me coisas para te dizer, os sentimentos espalhados pelo meu coração anseiam saltitar para os teus sentidos e cantar-te belas canções, de amizade, de amor, de alegria.
Mas, o teu rosto magoado impede-me de sorrir, de fazer as loucuras de sempre…Porquê? Porque partiste deste nosso mundo e me deixaste sozinha pelas ruas do sentimento? Vem ter comigo, diz-me onde errei, guia-me pelo mundo, sê a minha bússola enquanto eu te guio pelo mapa da vida.
Deixa-me chegar até ti…ao coração distante, ao menino doce que descobri por detrás da faceta de vilão, à amizade que julguei eterna. Vamos…deixa-me entrar suavemente em ti, como na primeira vez, deixa-me entrelaçar os teus dedos nos meus e mostrar-te um pouco do mundo. Ou será que não me queres mais? A nossa amizade ter-se-á perdido no sentimento magoado que persiste?
Desculpa se errei, se julguei erradamente aqueles que mais amas, se estive longe quando deveria estar perto, se te repreendi quando deveria ter-te passado a mão pela cabeça…
Porém isso jamais poderia mudar algo…Será que não entendes que serás para sempre o miúdo mimado que eu detesto mas sem o qual não consigo viver? Será que não percebes que devo mostrar-te o caminho certo quando segues pela estrada errada? Fá-lo-ei sempre por amor, por carinho, por respeito.
Ou queres perder-te neste deserto de vida? Queres seguir as tabuletas erradas e vagueares como um louco pelo caminho que te resta percorrer?
A escolha é tua, porque independentemente de tudo eu estarei sempre a teu lado, para te amar, te proteger, te sorrir mesmo quando o teu rosto sisudo se recusa a devolver-me a alegria com que ouso enfrentar-te.
Perdoa-me pelas vezes que julgo tudo saber, pelos meus erros de menina, pelo egoísmo… Mas ao menos perdoa-me, fala, sorri, chora, inova…Não permaneças escravo da dor que se encerra no peito e se espelha nas faces…extravasa o sentir, o viver, o amar… Abre as tuas páginas soltas e agastadas do tempo, feridas pela vida…deixa-me ler esse bonito livro que és.
Peço-te apenas que não permitas que o ressentimento vença esta batalha, porque eu estarei na fileira da frente a lutar pelo amor, levarei nas faces a alegria dos bonitos dias que passámos e junto ao peito a nossa fotografia… a imagem de loucos que sorriram, que venceram, que amaram, que jamais permitirão que se perca aquilo que de melhor a vida lhes proporcionou.

Isa Mestre

2 comentários:

Anónimo disse...

ke bonito deixate-me sem palavras para explicaro kuanto bonito e o poema.ai o amora esta no ar!
Ass:Jessinha

Anónimo disse...

No comment.Lol estou a brincar é um poema muito bonito parabéns deixaste-me sensibelizada!LOL