domingo, abril 10, 2005

Nada se perde, tudo se encontra

Todos os dias nos perdemos, todos os dias nos encontramos.
Perdemos o que amamos, o que não amamos, o que temos e o que nunca tivémos.
Na vida tudo se perde com a mesma facilidade com que se ganha.
Planto uma semente na terra, amanhã será uma bonita árvore, repleta de frutos, disposta a saciar o desejo e a fome humana. Virá uma rajada de vento, uma fria geada que a destruirá por completo, ela perder-se-á, os seus frutos caíram e as suas ramificações deixaram de produzir flor. Mas, na verdade, tudo aquilo que se perde, se lutarmos com determinação, conseguiremos encontrar.
Logo, essa árvore um dia encontrar-se-á de novo, crescerá novamente com força e pujança nas suas raízes e voltará a produzir os melhores frutos. Encontrará tudo o que julgou perdido: a harmonia, a paz, o balouçar dos pássaros sobre os seus troncos...
O nosso caminho é percorrido por diversas fases, onde nos perdemos e nos encontramos, e quando achamos já ter ganho tudo, eis que voltaremos a perder o rumo e teremos de buscar novamente o caminho a seguir.
Os sentimentos também se perdem. Perdem-se como tempo, com a distância, com a falta de afectividade, com a falta de atenção. Voltam a encontrar-se um dia, perdidos na nossa “caixinha” mágica, vagueando à solta por uma alma ávida da sua existência.
E quando decidimos viajar? Pegamos no mapa, seguimos o instinto da aventura, e lá vamos nós. À descoberta de novos lugares, novas pessoas. Acreditamos poder conquistar o mundo nesses breves instantes. Quando menos esperamos, estamos perdidos, à volta tudo nos é desconhecido – as casas, as pessoas, os campos – o terreno parece fugir-nos debaixo dos pés. Sentimos então a necessidade de reencontrar, recorremo-nos das nossas próprias capacidades, usamos a nossa força, garra e espírito e lá estamos nós buscando novas formas de vida.
Encontramo-las sempre, garanto-vos.
Apenas não encontrará o que busca aquele que ficar parado conformando-se com aquilo que a vida lhe retirou.
Perder não é vergonha, vergonha é não querer encontrar.
Na verdade, por vezes, quando julgamos que aquilo que mais prezávamos nos escapou subitamente por entre os dedos, ficamos parados, incapazes, inúteis. Porquê?
Em nós existem capacidades, valores, atitudes que nos podem levar mais além, mostrar-nos o caminho para reaver algo perdido.
Nada se perde. Tudo se encontra.

Isa Mestre
Todos os dias nos perdemos, todos os dias nos encontramos.
Perdemos o que amamos, o que não amamos, o que temos e o que nunca tivémos.
Na vida tudo se perde com a mesma facilidade com que se ganha.
Planto uma semente na terra, amanhã será uma bonita árvore, repleta de frutos, disposta a saciar o desejo e a fome humana. Virá uma rajada de vento, uma fria geada que a destruirá por completo, ela perder-se-á, os seus frutos caíram e as suas ramificações deixaram de produzir flor. Mas, na verdade, tudo aquilo que se perde, se lutarmos com determinação, conseguiremos encontrar.
Logo, essa árvore um dia encontrar-se-á de novo, crescerá novamente com força e pujança nas suas raízes e voltará a produzir os melhores frutos. Encontrará tudo o que julgou perdido: a harmonia, a paz, o balouçar dos pássaros sobre os seus troncos...
O nosso caminho é percorrido por diversas fases, onde nos perdemos e nos encontramos, e quando achamos já ter ganho tudo, eis que voltaremos a perder o rumo e teremos de buscar novamente o caminho a seguir.
Os sentimentos também se perdem. Perdem-se como tempo, com a distância, com a falta de afectividade, com a falta de atenção. Voltam a encontrar-se um dia, perdidos na nossa “caixinha” mágica, vagueando à solta por uma alma ávida da sua existência.
E quando decidimos viajar? Pegamos no mapa, seguimos o instinto da aventura, e lá vamos nós. À descoberta de novos lugares, novas pessoas. Acreditamos poder conquistar o mundo nesses breves instantes. Quando menos esperamos, estamos perdidos, à volta tudo nos é desconhecido – as casas, as pessoas, os campos – o terreno parece fugir-nos debaixo dos pés. Sentimos então a necessidade de reencontrar, recorremo-nos das nossas próprias capacidades, usamos a nossa força, garra e espírito e lá estamos nós buscando novas formas de vida.
Encontramo-las sempre, garanto-vos.
Apenas não encontrará o que busca aquele que ficar parado conformando-se com aquilo que a vida lhe retirou.
Perder não é vergonha, vergonha é não querer encontrar.
Na verdade, por vezes, quando julgamos que aquilo que mais prezávamos nos escapou subitamente por entre os dedos, ficamos parados, incapazes, inúteis. Porquê?
Em nós existem capacidades, valores, atitudes que nos podem levar mais além, mostrar-nos o caminho para reaver algo perdido.
Nada se perde. Tudo se encontra.

Isa Mestre

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