quarta-feira, setembro 07, 2005

O ecoar das suas palavras

Ecoam-me as palavras na alma. Sinto-as tocando-me, acariciando-me por dentro, dando-me o calor que necessito para ser feliz. Com elas vêm gestos, de pessoas, de seres humanos capazes de iluminar os nossos dias.
E bastam as palavras, as palavras que aconchegam e repelem, que queimam e que ferem, que nos dão o silêncio e a reciprocidade dos outros.
As palavras entendidas de uma forma, ou de outra, as que trazem um apelo, as que exprimem experiências pessoais ou do mundo.
Mas, hoje, sinto as palavras, vislumbro-as com ânsia de terminar, com vontade de transformá-las em sentimentos palpáveis.
Obrigado. Eu queria abraçar as palavras, eu queria abraçar as pessoas, eu queria fazer uma fogueira para que cantássemos todos juntos como indiozinhos pequeninos.
Isto é tudo aquilo que posso dar ao mundo: aceitem-no.
Mais uma vez os vossos pensamentos invadem os meus, misturam-se, confrontam-se, vencem ou perdem nesse jogo explícito na folha de papel.
Sinto que não vos dou tudo, quero poder dar-vos sempre mais e mais, em cada palavra, em cada gesto, em cada sonho nosso. Não perco a Esperança de vislumbrar os vossos sorrisos, porque apenas isso me interessa. Ver-vos sorrir será sempre a recompensa e forma de colmatar esta revolta e dor que por vezes sinto no peito.
As conversas trocadas, as expressões faciais, o desabafo dos nossos mundo colidindo nessa amálgama de sentimentos.
Quero contar convosco, sempre! Quero abrir o meu coração e sentir que estão aí, ainda que não vos possa tocar, ainda que nunca os tenha visto, ainda que pareça irreal demais, quero saber que estão comigo.
Vocês, os sorrisos, as palavras, a amizade patente em cada minuto e segundo de euforia, de ansiedade, de expectativa...
Viver, no verdadeiro sentido da palavra, entendem? Quero viver! Não quero ser apenas mais um pedaço de figura animada que circula pelos corredores da vida. Porque ninguém me retirará os sonhos, nem as asas para que possa voar, deixem-me ir, para bem longe, para onde ninguém nos oiça, para onde ninguém nos conheça.
No entanto, quero levar-vos comigo, numa nova aventura, num novo dia em que seremos os aventureiros da vida.

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